A indicação de um novo presidente para a Petrobrás na última sexta-feira (19), deu origem a certo desconforto entre representantes do setor de etanol. O setor teme que a troca sinalize uma intervenção mais significativa nos preços de combustíveis. As organizações da indústria acreditam na necessidade de desassociar o preço do biocombustível das flutuações do mercado de combustíveis fósseis.
O diretor técnico da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), José Ricardo Severo, acredita não haver ingerência na Petrobrás e no mercado, que funciona com alta “volatilidade de preços”. Da mesma forma, o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar) e da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), Renato Augusto Pontes Cunha, entende que não há abertura para controle de preços da gasolina nesse cenário de livre mercado e que medidas assim podem levar a “obsolescência e prejuízos para todo mundo”.
A Feplana ainda afirma que medidas como a suspensão de cobrança dos impostos sobre Diesel, anunciadas por Jair Bolsonaro na semana passada, não possuem impactos reais no preço do varejo. Essas entidades defendem a adoção de medidas de aumento da competitividade das fontes renováveis de energia como estratégia de enfrentamento da alta no preço dos combustíveis.
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